A ONG
O Centro de Valorização da Vida, também conhecido como CVV, é uma ONG brasileira que possui como sua missão principal a prevenção ao suicídio. Fundada em 1962, em São Paulo, foi reconhecida em 1973 como Utilidade Pública Federal. Atua em serviço voluntário e gratuito com apoio emocional para pessoas em situação de depressão, angústia e sofrimento que precisam desabafar, sob total sigilo.
A organização ganhou destaque com a criação da campanha Setembro Amarelo, como o mês de prevenção e combate a depressão, desde 2015 no Brasil. A cor amarela, segundo o site da ONG , representa a vida, a luz e o sol, simbolismo que reflete a proposta da campanha. Com ajuda das redes sociais o projeto ganhou enorme visibilidade, e tem salvado a milhares de pessoas no país.
O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, tirando a vida de 32 brasileiros diariamente, nesse mesmo período outros 100 tentaram se matar sem sucesso. O grande esforço da organização é atuar e tornar o tema mais discutido, conduzindo as autoridades responsáveis a ações efetivas.
Desde 2015, mantém junto ao Ministério da Saúde um termo de cooperação para a implantação de uma linha telefônica nacional segura e gratuita de prevenção. A linha começou a funcionar no Rio Grande do Sul, em setembro de 2017 iniciou a sua expansão para todo o país, sendo concluída em junho de 2018 com a integração de todos os estados brasileiros.
Para comunicar-se com a associação, pode-se entrar em contato por meio do telefone 188 (24 horas e sem custo), pelo site www.cvv.org.br via chat e e-mail e pessoalmente em um dos 120 postos de atendimento. Sendo a ação mais efetiva, o contato telefônico é feito com voluntários devidamente treinados.
Os princípios que regem o atendimento são: ouvir ativamente, de forma atenciosa e participativa; identificar o que não é dito, pela postura, tom de voz, os silêncios e respeitar, como insegurança do locutor ou dificuldade em tocar um assunto delicado; observar incoerências, ou seja, as dificuldades de expressão e por fim compreender e orientar, posicionando-se de forma empática e oferecendo apoio a quem os contatou.
Além do atendimento, é realizado em todo o país atividades relacionado a apoio emocional. O projeto CVV Comunidade visa apoiar as pessoas com necessidade de ajuda emocional em locais e situações de risco, ajudando-as a lidar com as realidades cotidianas, inesperadas assim estimulando o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo.
Para manter a atividade em pleno funcionamento, a ONG recebe doações de organizações e voluntários. Através de depósito em conta, boletos mensais e pela plataforma pagseguro é possível tornar-se um colaborador financeiro da organização.
Atualmente, em suas mídias sociais, possui pouco mais de 200 mil seguidores no instagram, aproximadamente 180 mil no facebook e 16 mil seguidores no twitter. Esses números vêm aumentando e facilitando a propagação da ideia. Dentro do site, existe uma aba de blog em que os voluntários escrevem artigos de temas específicos relacionados ao suicídio. Alguns dos temas recentes foram: “jovens em sua primeira crise global”, “profissionais da saúde no limite”.
Voluntários
Como elementos essenciais, estão os voluntários, pessoas que acolhem, ouvem, respeitam e compreendem; a infraestrutura seja presencial ou virtual a fim de garantir o apoio humanizado ao necessitado; e a divulgação, para que mais pessoas conheçam o serviço e este possa assim salvar cada vez mais vidas.
Quem possui idade igual ou superior de 18 anos de idade, pelo menos quatro horas disponíveis por semana e vontade de ajudar pessoas, pode ser um plantonista do Programa de Apoio Emocional. Participará de treinamentos em uma das sedes ou de forma virtual, onde é instruído para exercer a função, sendo orientado a tratar as pessoas sem julgamentos e críticas e com total anonimato das informações recebidas.
"Mesmo que você não tenha certeza de que precisa de nossa ajuda, não tenha receios em entrar em contato com a gente. Um de nossos voluntários estará à sua disposição", diz o site em sua aba Quero Conversar.